quinta-feira, 14 de maio de 2009

Metade por inteiro
A minha metade é inteira quando estou contigo.
O meu eu é intenso, quando ouço tua voz.
O meu medo vai embora quando a tua companhia faz se presente.
Sinto me calma, bela, inteira, terna.
Quase que inconsciente, minhas mãos tocam...
tua face, teus olhos, teus cabelos, mesmo sem tua permissão.
Meus ouvidos ouvem musicas, quando falas.
Meus sentidos percebem o teu perfume, mesmo na tua ausência.
Meus olhos brilham quando te vejo.
Se é amor, paixão, desejo ou apenas ilusão?
Não faço a mínima questão, de perguntar ao meu coração.
Importa apenas o que sinto,
todas as verdades do meu peito, da minha mente.
Os dias, as horas, a vida, a ternura é que o importa.
Mêdo angustia, sentimentos que se fazem distantes,
deixo trancados, bem atrás de uma porta.
Beijo na boca, sonhos, cheiros, risos,
isto tudo é o que quero, sinto e preciso.
Não busco usura, posse, pra que?.
Todos os dias quando acordo,
pensar em ti me dá mais vontade de viver.

Autora: Marlene Santos Bitencourt
Nos bosques, perdido
Autor: Pablo Neruda


Nos bosques, perdido, cortei um ramo escuro
E aos lábios, sedento, levante seu sussurro:
era talvez a voz da chuva chorando,
um sino quebrado ou um coração partido.
Algo que de tão longe me parecia
oculto gravemente, coberto pela terra,
um grito ensurdecido por imensos outonos,
pela entreaberta e úmida treva das folhas.
Porem ali, despertando dos sonhos do bosque,
o ramo de avelã cantou sob minha boca
E seu odor errante subiu para o meu entendimento
como se, repentinamente, estivessem me procurando as raí­zes
que abandonei, a terra perdida com minha infancia,
e parei ferido pelo aroma errante.
Não o quero, amada.
Para que nada nos prenda
para que não nos una nada.
Nem a palavra que perfumou tua boca
nem o que não disseram as palavras.
Nem a festa de amor que não tivemos
nem teus soluços junto í janela..
Autor: Pablo Neruda

quarta-feira, 13 de maio de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009


Meu pássaro

Vá meu belo passaro...
Segue os caminhos...
Que em tua volta estão;
Segue rumo a este mundo...
Inimaginável, intransponível...
Feche os olhos, voe com paixão.

Vá, meu passaro e canta...
Com toda força de teu peito..
Atravessa, os oceanos...
Sinta, a brisa que em ti toca....
Sinta, pois podes voar,
Voa, forte, como os anjos.

Veja meu belo passaro...
Agora não ha razão pra medo...
Os canhões cessaram de atirar..
Só resta, o silêncio....
Resta, meu lindo passaro...
Este, Universo pra amar.

Ah, meu passaro menino...
Voa, o mais alto nos ceus...
Ninguém, agora poderá te tocar;
Muito menos te machucar..
Voa, em seu vôo rasante;
Sinta, podes voar...
Junto a mim, que sei te amar.

Tenha fé meu belo passaro...
Voe com cuidado, calma!
Segue esta luz....adiante...
Te encontrarei um dia...
Junto a ti estarei, fique calmo..
Seremos felizes como dantes...

Homenagem ao meu irmão Valdomiro, assassinado em um assalto em 05 de Junho de 2005. Saudade!!!
Autora: Marlene Bitencourt
14/03/2006 PM
Dedicar-te

Dedicar a ti,
toda musica do mundo,
É fácil, muito fácil...
Pois és como toque suave
de um violino.
É so fechar os olhos, sentir e;
ouvir teu sorriso de menino.

Dedicar a ti todas as flores
do mundo é pouco;
Pois fechando os olhos;
Respiro-te pouco a pouco.

Dedicar a ti todos os meus
melhores sentimentos é fácil;
Muito fácil,
Não preciso nem fechar os olhos;
Meu coração sabe,
e conhece todos os compassos.

Dedicar te o meu amor é simples;
Basta sentir, o cheiro do mar,
a brisa fresca, o sol a brilhar,
Tudo que olho e sinto,
Me faz de ti lembrar.

11/11/2002
Autora: Marlene Bitencourt

APRENDI

Aprendi com o vento,

A me deixar mais solta.

Aprendi com o sol,

A me reluzir todas as manhãs.

Aprendi com a chuva,

A ter sede de conhecimento.

Aprendi com as flores,

A sentir cheiro de vida.

Aprendi com os frutos,

A sentir fome da verdade.

Aprendi com os animais,

A sentir a fidelidade amiga.

Aprendi com os homens

A sentir saudade... e dor.


Autora: Marlene Bitencourt


Viagem

(Paulo César Pinheiro e João de Aquino)

Oh! tristeza me desculpe, estou de malas/ prontas
Hoje a poesia veio ao meu encontro,
Já raiou o dia vamos viajar.
Vamos indo de carona na garupa leve
Do vento macio que vem caminhando,
Desde muito longe, lá do fim do mar.
Vamos visitar a estrela da manhã raiada
Que pensei perdida pela madrugada
Mas que vai escondida querendo brincar.
Senta nesta nuvem clara, minha poesia,
Anda, se prepara, traz uma cantiga,
Vamos espalhando música no ar.

Olha quantas aves brancas, minha poesia,
dançam nossa valsa pelo céu que o dia
Fez todo bordado de raios de sol
Oh! poesia me ajude, vou colher avencas,
Lírios, rosas, dálias pelos campos verdes,
Que você batiza de jardins do céu.
Mas pode ficar tranqüila, minha poesia,
Pois nós voltaremos numa estrela guia,
Num clarão de lua quando serenar.
Ou talvez, até quem sabe, nós só voltaremos
No cavalo baio, no alazão da noite
Cujo nome é raio, raio de luar.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Felicidade

Felicidade!
uma palavra tão simples...
Que parece ser apenas
um substantivo comum...
E é tão incomum acreditarmos
na beleza desta palavra...
Uma palavra que cabe no brilho dos olhos
quando amamos;
Na sutileza dos encontros amigos
se os encontramos;
No sorriso do filho
a quem amamos;
Na face já marcada de nossos pais
de quem nos exemplamos;
Na beleza do amanhecer
que sempre aguardamos.
Felicidade, esta palavra
de uma feminilidade extrema...
Que nos faz escrever poemas,
mesmo quando nos resta dor.
Felicidade, palavra mágica,
de uma clareza infinda.
Que nos faz querê-la sempre
e torná-la mais linda.

Autora: Marlene Santos Bitencourt